sábado, 25 de julho de 2015

Sem titulo nº 23.

Boto meus fones nos ouvidos e lá vem Chico Buarque cantar com essa voz tão doce e encantadora,começo a me acalmar aos poucos,impressionante como a música tem esse poder em mim.
Solidão tão companheira,me faz bem,me faz mal,me sufoca,me alivia,acho que estou me acostumando com essa loucura toda!
Estou começando a me entender,de um jeito meio torto,mas quando me vi sozinha o jeito foi entrar de cabeça em meu interior,me dar atenção,não é fácil,eu que sempre quis ter alguém agora tenho a mim.
Desisti desse lance de ter um amor,melhor assim,sempre acontece algo e me machuco estou cansada disso.
Queria ter a coragem de Alex Supertramp que jogou tudo pro alto e foi em busca de si mesmo na natureza selvagem,não que eu vá queimar dinheiro mas se não fosse tão medrosa me livraria de tudo também.
Esses dias estava pensando que talvez as coisas mudem quando eu finalmente aprender a dizer não,quando deixar de ser essa pessoa que está ali sempre,mas quando precisa desabafar não tem ninguém ao redor.
As pessoas precisam entender que não sou um boneco velho com seu nome no pé,que elas brincam mas jogam no lixo quando aparece um boneco mais moderno e bonito.
Essas coisas marcam,dói,sangram,tiram a minha paz interior que já não é lá essas coisas,não dá para voltar achando que sempre estarei aqui toda vez que a vida te der um soco na cara,ultimamente tenho levado soco todo dia e tô aqui em pé,sem usar a boa vontade de ninguém como estepe.
Revendo velhas fotos me deu saudades,saudades de quando podíamos sair por aí sem se importar com ninguém,sem ter que ficar com o celular na mão para dar explicações de onde estávamos e que horas poderia passar para te pegar,tenho saudades até das ressacas malditas,mas parece que a saudade é só minha.
Enquanto nada muda,vou seguindo...