domingo, 22 de abril de 2012

Isso não é uma resenha...

O burburinho começou na montagem do palco e o meu pensamento estava focado em quais músicas iriam ser tocadas,conversas rápidas e a banda entrou tocando os primeiros acordes,a expectativa aumentando afinal o 1º show agente nunca esquece,mesmo soando clichê mas não deixa de ser verdade. Começo a me lembrar de tudo que vivi e das noites tristes em frente ao computador ouvindo essas músicas no talo,pensando na solução dos meus problemas ou em como curar meu coração ferido. Quando estava ali em frente a banda sentindo a energia que vinha deles,vendo aquela roda de pogo crescer como uma espécie de redemoinho fiquei assustada,não que nunca tenha visto uma roda de pogo mas com aquela intensidade vi raras vezes nessa vida,passado o susto inicial deixei essa besteira de preconceito de lado cada um curte e sente do jeito que acha melhor. Fiquei impressionada com o magnetismo do Teco que interagiu com todo mundo que estava ali seja com um breve olhar ou com um toque de mão na galera do mosh,é incomum hoje em dia vocalistas que fazem isso de maneira tão natural e sincera,geralmente os caras já vem com palavras manjadas e gestos automáticos ou se acham rockstar demais para interagir de maneira decente,até quem não estava lá para ver a banda entrou na onda porque realmente é quase impossível não se deixar levar pela energia surreal que paira no ar. Posso ir a todo tipo de show,mas no hardcore eu me sinto como parte de algo maior,tem um clima de festa de amigos mesmo que possa parecer violento para 90% das pessoas que eu conheço,nunca fui ofendida ou desrespeitada muito pelo contrário e isso é uma das razões que faz com que eu não abandone isso nunca. Sai de lá com a certeza de que essa tatuagem nunca fez tanto sentido na minha vida como vai fazer de agora em diante...

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