domingo, 2 de dezembro de 2012

Sem título nº 6.

 Era noite e ela estava com a cabeça longe,uma música baixinha tocava no rádio,queria tanto saber em que ponto da vida se perdeu.
  Lembrou-se daqueles dias quentes de verão,dos planos,dos sonhos...
 Essas lembranças não faziam mal á ela,mas aquela melancolia era horrível,aquele aperto no peito a matava aos poucos,estava estagnada numa rotina automática e miserável.
 Olhando velhos papéis,bilhetes e cartas que nunca chegaram a seu destinatário,começou a se lembrar de situações nas quais se doou de corpo e alma,se mostrou vulnerável e nunca obteve o mesmo amor doado sempre recebeu migalhas nada daquele amor verdadeiro,completo e transparente.

Olhando para sua vida dentro daquela caixa,entendeu perfeitamento o sentido da solidão (...)
Solidão companhia forçada mas que com o tempo já não passou a incomodar,já passou a fazer parte dela,sem perceber havia voltado para sua bolha,para o seu comodismo,para sua falta de vontade de correr atrás da tão sonhada felicidade,feliz ou triste tanto faz já não via sentido em sentimentos,tudo estava tão pesado que ela já não tinha forças para lutar,só queria ficar na cama por mais cinco minutos ou simplesmente dormir por um mês inteiro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário